DAS COXILHAS SERRANAS:


DAS COXILHAS SERRANAS

Notícias do Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Educação (PPGE)
Mestrado Acadêmico em Educação
Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC) - Lages - Santa Catarina - Brasil

Para conhecer a UNIPLAC, acesse: www.uniplac.net

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Didática da História e Educação para o patrimônio

Ivo Mattozzi (novaescola@fvc.org.br)

Historiador italiano, é docente de História e Didática de História da Universidade Livre de Bolzano e presidente da Clio '92 - Associação de Professores e Pesquisadores de Didática da História

"A história é feita com documentos" é o que se diz na escola e nas explicações sobre a metodologia historiográfica. Mas esses documentos são reduzidos a citações, referências e imagens em livros de historiadores. A relação entre o conhecimento e os documentos se perde nos livros escolares ou é evocada com imagens paratextuais.

As fontes (objetos materiais, mensagens escritas e orais gravadas, imagens, esculturas, paisagens, arquiteturas e centros urbanos) são, em geral, consideradas bens culturais. Mas todas as coisas, antes de serem usadas para a produção de informação, são coisas em sua origem e, no presente, se tornam vestígios de atividades humanas no passado. Em Nell'Apologia della Storia o Mestiere di Storico, Marc Bloch (1998, p. 44) diz: "O conhecimento de todos os fatos humanos no passado, da maior parte deles no presente, possui como primeira característica a de ser (...) um conhecimento por vestígios. (...) O que queremos dizer, na prática, com documentos, se não um 'vestígio', o que equivale a um sinal perceptível aos sentidos, mas que deixou um fenômeno impossível de ser detectado em si mesmo?".

Se a história é apenas a que está nos livros, os alunos perdem a chance de relacionar o conhecimento histórico aos vestígios graças aos quais tal conhecimento foi gerado e não têm a possibilidade de se dar conta dos procedimentos de produção e uso das fontes. Com isso, não terão oportunidade de aprender a interpretá-los. E, caso tenham a chance de considerar os objetos pelo seu valor artístico ou simbólico, não conseguem conectá-los às atividades historiográficas. Além do mais, não adquirem habilidades para dar sentido aos bens culturais do território em que vivem.

Se quisermos honrar a promessa de utilidade do conhecimento histórico, devemos projetar e implementar processos de ensino para relacionar o conhecimento histórico às coisas consideradas bens culturais e despertar a consciência cívica em relação ao patrimônio cultural.

Como demover os alunos da ideia de que a história é apenas texto? Em primeiro lugar, nós, professores, temos de pensar de forma mais geradora os instrumentos usados para a produção da informação histórica. Independentemente do que se trate, nenhum deles foi produzido para essa função. Tinham outros fins em sua origem (utilitários, estéticos, simbólicos, comunicativos, burocráticos, lúdicos etc.). Foram transmitidos até o presente ou desenterrados e considerados sinais de uma atividade humana que os produziu ou os usou. Mas até que alguém os considere objetos que podem ser usados para produzir informação, eles permanecem inertes, podendo parecer insignificantes ou artefatos simbólicos bonitos.

O que se vê atualmente é que os objetos não têm sido usados para produzir conhecimento na sala de aula. Para transformá-los em objeto de informação, é preciso haver vontade de conhecer as habilidades cognitivas e as práticas. Tanto a vontade como as habilidades devem ser postas em cena de acordo com procedimentos organizados: é necessário formular o tema de conhecimento definindo os limites temporais e espaciais e o ponto de vista. Depois, elaborar as perguntas a serem respondidas por meio das fontes. Esse é o funcionamento mental da tematização, a qual induz e orienta, em princípio, a pesquisa e a identificação dos vestígios úteis e conduz a exploração desses a fim de produzir uma informação. Finalmente, é preciso identificar com base em quais elementos é possível produzir as informações desejadas e adequadas.

A matéria, as dimensões e a forma do objeto, seus sinais e mensagens podem (um por um ou todos juntos) ser a base para a produção de informação. Mas eles são insuficientes: o potencial de cada um aumenta se forem levadas em consideração as informações produzidas e a quantidade de coisas quando elas são relacionadas ao contexto (como um livro em relação a uma biblioteca), às séries (uma série de testamentos) e aos conjuntos (como o grupo de edifícios em um complexo urbano). É o sujeito que faz dos objetos instrumentos de informação. Depois de tê-los explorado para o seu propósito cognitivo, ele deve citá-los como peças de apoio, documentação das afirmações factuais e das hipóteses interpretativas. Isso permite ao leitor verificar e criticar os procedimentos em que as fontes foram usadas.

Os objetos (mesmo os documentos escritos são objetos materiais) podem ser tema de pesquisas. Sinais (mesmo os aparentemente banais) da cultura material, obras de arte, conjuntos e séries de objetos devem ser estudados e colocados no centro do discurso histórico. Dispomos, portanto, de uma infinidade de textos que analisam e interpretam vestígios escritos (manuscritos de qualquer tipo, protocolos notariais, diplomas, tratados, contratos, cartas particulares, livros etc.), utensílios, objetos da vida cotidiana, imagens, edifícios e estruturas paisagísticas a fim de facilitar e tornar segura a transformação deles em instrumentos de informação, ou para estabelecer melhor os projetos de restauração, conservação, musealização ou para compreender sua estrutura e configuração.

Quando usados para a construção de conhecimento sobre o passado, os objetos adquirem valor de patrimônio cultural, que deve ser preservado, protegido e posto em exposição. Por um motivo maior, transformam-se em bens culturais caso tenham sido reconhecidos como produtores de emoções estéticas e investimentos afetivos.

Artigo publicado na Rivista dell'Istruzione, Scuola e Autonomie Locali, ano XXIV (2008), 5, pp. 23-28, com o título Didattica della Storia, Beni Culturali, Educazione al Patrimonio.
Fonte: nova escola

Las duras consecuencias del bullying

Por Juan Carlos Lezcano F.

El maltrato producido entre niños en edad escolar, o bullying, es una amenaza que crece a pasos acelerados en Latinoamérica. Profesionales advierten sobre las graves consecuencias emocionales a las que pueden llegar.

ABC Color/Assunción

Días atrás, una historia publicada por el portal de la CNN en español conmovió a miles de cibernautas. Un niño estadounidense de ochos años escribió una carta a Santa Clauss, adelantando los pedidos para la Navidad. Lejos de pedir algún regalo para él, el pequeño solicitaba a San Nicolás que se terminaran las bromas pesadas a las que su hermana melliza era sometida en la escuela. Esta situación sirvió como punto de alerta sobre las graves consecuencias que puede provocar el bullying u hostigamiento escolar, no solo en quienes son víctimas sino en su entorno.

VIOLENCIA ENTRE ESCOLARES

El bullying, explica a ABC Color la Lic. Nunila María Basualdo, es un maltrato psicológico, verbal o físico, producido entre escolares de forma reiterada a lo largo de un tiempo.

El tipo de violencia dominante es la emocional ya que se manifiesta en forma de silencios, indiferencias y burlas. Cuando los casos se dan entre adultos y en un ambiente laboral, es conocido como mobbing.

Muchas veces parecen ser simples bromas entre compañeros de un mismo grado, sin embargo detrás de lo que parece un juego normal puede estar escondida una gran crueldad.

UNA REALIDAD CERCANA

Parecería ser una realidad muy lejana a la sociedad paraguaya o exclusiva de los grandes países, sin embargo América Latina es la región con los niveles más altos de bullying. Un estudio publicado por la Unesco en 2011 señala que el 51 por ciento de los estudiantes de sexto grado de primaria había sido acosado por sus compañeros.

Basualdo señala que la mayoría de las veces, las víctimas del bullying son niños que no disponen de recursos o habilidades para reaccionar, son poco sociables, sensibles y frágiles, suelen ser niños tranquilos, buenos, que no reaccionan con violencia, solitarios. Muchas veces tienen alguna discapacidad física o psíquica.

“Es un niño sobreprotegido por su familia que no ha tenido la oportunidad de aprender a reaccionar ante situaciones de violencia puntual”, agrega la profesional.

Aunque podría parecer que quienes someten a sus pequeños compañeros a este hostigamiento lo hacen con malicia, Basualdo manifiesta que muchas veces estos niños también atraviesan por otros tipos de situaciones traumáticas.

“Proviene de una familia desestructurada, donde hay violencia intrafamiliar o que está atravesando una situación estresante, como un divorcio, la muerte de uno de los progenitores o un familiar muy querido. Padres con estilos educativos inadecuados”, puntualiza.

Agrega que los abusadores suelen ser niños o niñas fuertes físicamente, impulsivos, desafiantes y agresivos, con comportamientos antisociales tempranos. “Presentan escasa empatía o incapacidad para percibir el dolor ajeno, son egocéntricos entre otras características”, agrega.

Si bien las causas son múltiples y complejas, la falta de amor y comunicación en el hogar del acosador o los modelos violentos de la familia pueden ser algunos de los factores disparadores.

EFECTOS Y SIGNOS DE ATENCIÓN

El acoso podría traer como consecuencia tristeza, ansiedad, depresión, sentimiento de culpabilidad, pánico, baja autoestima (puede ser causa y efecto), bajo rendimiento escolar, inseguridad, aislamiento social, síndrome de estrés pos traumático, ira e insomnio.

En casos extremos, podría llegar al suicidio.

Basualdo señala que los padres deben estar alertas ante cambios en el estado de ánimo sin una causa aparente. Cuando los chicos se niegan a ir a la escuela, cambian su comportamiento o presentan moretones o heridas frecuentes.

MEDIDAS RECOMENDADAS

La profesional manifiesta que en caso de que los padres noten algunos de los signos de alerta, deben poner inmediatamente en conocimiento de la institución educativa para realizar una intervención en la situación y mantener el contacto para seguir la evolución del plan de acción.

“Es muy importante que niños/as que están sufriendo maltrato sepan que cuentan con la confianza y el apoyo de su familia. Reforzar su autoestima. Proponerle actividades fuera de la escuela con las que pueda crear un nuevo círculo de amigos que refuercen su autoestima y le ayuden a salir de la situación”, asevera.

“Recalcar la importancia de la comunicación familiar, para que el niño/a o joven tenga la suficiente confianza para referir lo que está ocurriendo y pueda buscarse la solución a la situación”, finalizó.

La lucha contra un mal que afecta a miles de niños apenas está comenzando, pero existe una esperanza para evitar las graves consecuencias que el bullying puede llegar a provocar.

Curso de Extensão à distância na UNIPLAC com enfoque na cultura da região

Curso busca instrumentar seus participantes para a valorização da cultura regional

Com o tema “Cultura Regional”, é divulgado mais um projeto de extensão da Universidade do Planalto Catarinense, com a novidade de ser disponibilizado totalmente on-line. Trata-se do curso “Cultura Regional em um Contexto Pedagógico”, organizado com foco em educadores e educandos da região.

Objetivando instrumentar seus participantes através de inovações tecnológicas, e bem como incentivar a valorização da cultura local através de temas norteadores, o curso ocorre entre os dias 24 de outubro e 07 de novembro, contando com certificação total de 30 horas.
O público alvo do curso são professores do sistema municipal, estadual e particular, além de alunos das licenciaturas.

As inscrições já iniciaram e devem ser realizadas até o dia 18 de outubro através do SGE – Sistema de Gerenciamento de Eventos da UNIPLAC pelo link: http://www.uniplac.net/sge/. O valor das inscrições é de R$ 30,00.

Mais informações:
Setor EaD UNIPLAC: (49) 3251.1069
e-mail: marilcess@yahoo.com.br

UNIPLAC participa de fórum de ensino estadual

Evento que acontece na Unochapecó reúne as 16 instituições que integram o Sistema Acafe

Iniciou nesta quarta-feira, 25 de setembro, o IV Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da Acafe. O evento reúne as 16 instituições que fazem parte da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe). Com o tema "O marco das universidades comunitárias no desenvolvimento do Estado de Santa Catarina" são realizadas conferências, painéis e mesas redondas que oportunizam a troca de experiências entre as universidades. Juntamente com o Fórum da Acafe, ocorre o IV Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unochapecó.

A solenidade de abertura teve início às 19h no Salão de Atos da Unochapecó, com a conferência sobre “Universidades brasileiras: novos paradigmas institucionais emergentes ministradas pelo doutor Ricardo Rossato, professor da Faculdade Palotina de Santa Maria/RS. Em sua fala o professor abordou as tendências e as perspectivas de mudanças das universidades brasileiras.

Para o presidente da Acafe Mario César dos Santos, o fórum abre perspectivas para cada uma das instituições mostrar através dos folders, das falas e dos debates o que tem feito na atividade não só acadêmica mas também comunitária e que progressos tem alcançados nesse relacionamento. “Tudo isso é analisado nesse grande fórum e dessa forma faz com que uma instituição possa servir de modelo para a outra”, expõem Santos. A vice-reitora de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unochapecó, professora Maria Aparecida Caovilla, comenta que “é uma satisfação para a universidade receber o Fórum da Acafe, o qual proporciona um momento de integração entre as instituições”.

Na quinta-feira pela manhã realizou-se conferências sobre a participação das Instituições de Ensino Superior Comunitárias de Santa Catarina no Conae/2014 e sobre perspectivas e desafios da década das universidades comunitárias. A tarde um painel sobre “Ética e ciência na educação superior” e também o encontro das editoras que integram o Sistema Acafe. Às 18h aconteceu o lançamento de livros e na ocasião houve sessão de autógrafos com alguns dos autores.

Nesta sexta-feira pela manhã, estão previstas conferências sobre “O PNPG e a interiorização da pós-graduação” e “Os desafios da educação no século XXI”. Para a tarde haverá apresentações orais e intervenções culturais.

A UNIPLAC está presente no Fórum com a presença de técnicos, professores e acadêmicos, com a apresentação de nove trabalhos, três em cada área: ensino, pesquisa e extensão.

ASSEMBLEIA ACAFE

Juntamente com o Fórum realizou-se na quarta-feira, a Assembleia da Acafe, reunindo todos os reitores das universidades que integram o Sistema. Na reunião foram debatidos pontos que tratam sobre os projetos de lei e medidas provisórias que dizem respeito ao ensino e às universidades comunitárias, além de debater a relação das instituições com o governo. Tratou-se ainda sobre aspectos internos da Acafe, como o edital de mobilidade acadêmica e fatores voltados a bolsas de estudos.


Publicado em 27/09/2013 por Assessoria de Comunicação Social.

4 práticas que levam alunos a aprender com alegria

O modelo de sala de aula tradicional já não funciona bem. Vivemos em um período de transição, onde muitos professores sentem dificuldade em atender às necessidades da nova geração. De forma mais clara, estamos mudando de um modelo centralizador para um modelo colaborativo de ensino. Os erros passam a ser um caminho para o acerto, e não o determinante entre o sucesso e o fracasso. A padronização do ensino é derrubada para dar espaço à personalização. Valorizaremos competências novas nos alunos, como o pensamento crítico, a empatia, a comunicação, a liderança, a ética, entre outras que são mundialmente conhecidas como competências do século 21.

O computador com um bom sistema educacional é uma ótima ferramenta para transformar a sala de aula em um verdadeiro antro da aprendizagem. Porém, existem outros meios de inovar e que podem ser feitos sem o uso do computador. Usando a gamificação, podemos implementar essas grandes mudanças na educação que tanto queremos ao mesmo tempo que motivamos os alunos.

Gamificação é um termo que começou a ganhar popularidade em 2010, mas que já é usado de diversas formas há vários anos. Trata-se da utilização de elementos e técnicas de jogos em contextos que não são jogos, com a finalidade de aumentar a motivação das pessoas envolvidas e resolver os problemas desse contexto. Evitem confundir jogos educacionais com gamificação. Introduções feitas, vamos ao que interessa.

Dica 1: Transforme as notas em conquistas
Notas são escalas que não dizem por si só se um aluno é ou não proficiente no assunto. Pode-se argumentar que uma média 7 delimita a aprovação e a caracterização da proficiência. Mas isso abre portas à interpretação de que a nota 6,5 é uma "quase proficiência”. Não queremos que os nossos alunos busquem uma nota, queremos que eles busquem a proficiência em si. A conquista dessa proficiência pode ser representada por uma medalha, carimbo ou estrela. O professor determina as conquistas a serem alcançadas e fornece instruções sobre como fazê-las, o que pode chamar de missões. Cada conquista deve ser atingível com atividades curtas.
Por exemplo, fazer uma lista de exercícios sobre o Tiradentes na aula de história pode ser a missão que tem como recompensa a medalha "Inconfidência Mineira”. Para conquistar a medalha "Movimentos Emancipacionistas”, o aluno deve conseguir um conjunto de medalhas, como a já falada da "Inconfidência Mineira”, ou da "Revolução Pernambucana”, entre outras. O professor seria o juiz que entrega os prêmios, mas pode até delegar a responsabilidade a alunos que conquistarem o direito. As conquistas, na verdade, devem coexistir com as notas tradicionais, mas são apresentadas no lugar das notas como uma forma mais motivadora de estudar.

Dica 2: Abra espaço para colaboração
O momento em que estamos fazendo uma prova é de pura concentração. É comum observar os estudantes comentando e compartilhando as respostas ao final da prova. Lamentamos cada erro cometido e desejamos voltar no tempo para corrigir – é, também fomos estudantes um dia.
Acontece que aprender com os erros é uma excelente prática. Não desperdicem este momento, professores. Façam o seguinte: cada aluno assina sua prova com um código que só ele e o professor conhecem. Realizada a avaliação, o professor corrige, mas marca nas provas apenas o número de erros e de acertos. Em outro momento, devolve as provas aos seus alunos, mas não para o dono. Nessa hora, cada um tem a chance de aumentar a nota de algum colega, identificando e corrigindo os erros. As regras sobre o peso da correção, a forma de correção, são determinadas pelo professor. Uma terceira chance da mesma atividade pode ser realizada, caso o professor queira. Imaginem só a alegria dos alunos em conseguir notas melhores ao mesmo tempo em que aprendem melhor sobre o assunto estudado!

Dica 3: Valorize competências e conhecimento no lugar de informação
Estudantes precisam muito mais de conhecimento do que de informação. A informação está disponível gratuitamente para qualquer pessoa com acesso à Internet. Assim, evitem passar para os alunos trabalhos que podem ser feitos com uma simples busca no Google. Para isso, tente envolver alguma das competências do século 21. A lista completa dessas competências pode ser encontrada em matéria do Porvir.
Por exemplo, em uma aula de geometria, o professor pode pedir aos alunos que construam, em grupo, alguma peça em madeira que use os conceitos aprendidos em classe. Ou que os alunos de história montem grupos e desafiem outros grupos com perguntas sobre o assunto estudado. Uma simples tarefa de pesquisa tem muito mais valor quando se limita o tamanho dos textos a serem entregues, obrigando o aluno a ler e entender sobre o assunto, para então conseguir resumi-lo.

Dica 4: Iintroduza o elemento surpresa na aula
É certo pensar que as regras para aprovação em uma sala de aula devem ser claras e iguais a todos. Porém, o professor, como educador, pode modelar o sistema com o objetivo de melhorar a motivação e o aprendizado dos seus alunos, desde que não prejudique ninguém com essas surpresas. O sentimento de que, a qualquer momento, dependendo da sorte, podemos ser recompensados de alguma forma, faz qualquer ser humano ficar mais atento no seu ambiente. Esse elemento de surpresa e sorte pode parecer completamente aleatório para o estudante, mas não precisa ser tão aleatório na perspectiva do professor. Ninguém precisa saber que o professor deu uma mãozinha ao aluno que ele acha que precisa de mais motivação, não é verdade? Vejam alguns exemplos:
Chocolate surpresa: Fim de aula, o professor sorteia um aluno. Esse aluno ganha um papel com uma pergunta escrita. Caso responda a essa pergunta na hora, ele ganhará dois chocolates. Se levar para casa e devolver respondida, ganha apenas um chocolate.

Convidado Especial: Levar um convidado especial para ajudar na aula. Pode ser um engenheiro civil falando sobre como a matemática é usada no seu trabalho diário. Ou levando um cachorro de estimação para ilustrar a aula de biologia dos mamíferos.

Obviamente, não há respostas fáceis ou simples para os desafios que a educação enfrenta. A única certeza, porém, é que precisamos enfrentá-los de mente aberta, sempre prontos a tentar algo novo e aprender rapidamente. Essas dicas vão nesse sentido.

http://porvir.org/porfazer/4-praticas-levam-alunos-aprender-aleg ria/20130923

LIVROS DIDÁTICOS SEGUIRÃO MATRIZES CURRICULARES DO ENEM A PARTIR DE 2015

A reforma do ensino médio nos moldes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já começou antes mesmo da reestruturação do currículo. A partir de 2015, os livros didáticos das redes públicas serão interligados dentro das quatro áreas de conhecimento propostas pela prova. "Não significa o fim do livro didático por disciplina, mas cada matéria terá de dialogar com outras", explica o secretário de educação básica do Ministério da Educação (MEC), Romeu Caputo.

O edital dos livros didáticos para 2015 exige que as disciplinas de Química, Física e Biologia, por exemplo, estejam interligadas e atendam a requisitos mínimos comuns das Ciências da Natureza. Pela primeira vez, o documento prevê que as editoras apresentem obras com complementos digitais - e-books, jogos e aplicativos. Os próximos editais devem seguir esse mesmo formato, segundo o MEC.

Uma comissão de avaliadores em 12 universidades federais analisa se os livros apresentados em agosto por editoras de todo o País atendem a esses critérios. Até junho de 2014, um guia de obras recomendadas pelo governo federal deve ser enviado às escolas públicas.

Essa mudança faz parte do projeto do MEC para redefinir todo o currículo do ensino básico - fundamental e médio - em um formato interdisciplinar semelhante ao Enem. "A mudança faz parte do que chamamos de Base Nacional Comum do Currículo. Converge avaliação, formação dos professores e produção de material", diz Caputo.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa, diz que o modelo curricular do Brasil é historicamente determinado pelos vestibulares. "Antes, poucas escolas tinham acesso a essas informações. Com o Enem e suas áreas definidas, todo mundo está conhecendo as matrizes de habilidades e competências, especialmente as escolas públicas."

Especialistas, porém, temem a adoção de obras nesse modelo sem a preparação dos professores. "Uma coisa é produzir o material, outra é ser usado com qualidade", diz Paula Louzano, doutora em Educação pela Universidade de Harvard. Para João Roberto Moreira Alves, presidente do Instituto de Pesquisas e Administração da Educação, a formação dos professores, se iniciada hoje, só alcançaria maturidade em 4 anos.

Para alunos e pais das redes públicas, os novos livros só representarão uma mudança no formato do ensino médio quando o material didático for efetivamente usado na sala de aula. "Hoje o livro é pouco usado porque os professores levam os materiais deles e os alunos não querem carregar tanto peso à toa", afirma Daniela Machado, de 17 anos, que cursa o 2.º ano do ensino médio na Escola Estadual Ibrahim Nobre, na zona sul de São Paulo.

http://www.estadao.com.br/

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

UNIPLAC presente em Fórum da Acafe

 A ser realizado entre os dias 25 e 27 de setembro na cidade de Chapecó, o IV Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão da Acafe: "o Marco das Universidades Comunitárias no Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina" é um evento que congrega as práticas de ensino, pesquisa e extensão das universidades fundacionais do Estado de Santa Catarina, por intermédio de apresentações de trabalhos (comunicações orais e pôsteres) desenvolvidos por professores-pesquisadores e acadêmicos, visando a troca de experiências e a geração de conhecimento.

A UNIPLAC estará presente no evento, apresentando nove trabalhos, sendo três de cada área do fórum, ensino, pesquisa e extensão, conforme a regra do evento.

O público alvo do evento são professores, pesquisadores e acadêmicos na qualidade de apresentadores nas comunicações orais ou em formatos de pôsteres, bem como professores e acadêmicos dos diversos cursos e níveis na qualidade de expectadores.

O IV Fórum Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão é uma realização do Sistema Acafe e é organizado pela Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó). O evento é realizado nos turnos matutino, vespertino e noturno, tendo como local o Salão de Atos da Universidade.

Afinidade com a linha pedagógica é critério central para escolha da escola

Afinidade com a linha pedagógica é critério central para escolha da escola

Na visita a uma escola, além de conhecer a infraestrutura, os pais precisam verificar se a instituição está alinhada aos princípios e às expectativas da família.
Um caminho é descobrir qual é o modelo de ensino adotado pela escola --que indica qual é o conceito de aprendizagem e como o aluno é entendido no processo.
Nesta página, são apresentados alguns desses modelos e dicas para avaliar se estão de acordo com o que se busca para a criança.
Vale lembrar que, na prática, é possível encontrar mais de um princípio em uma mesma escola --nesses casos, é importante ficar atento ao modelo que prevalece.
"É preciso que os pais tenham muito claro o que esperam da escola na hora da escolha", orienta a pedagoga Sueli Pecci.

EMPIRISTA/TRADICIONAL
É o modelo educacional mais conhecido. O aprendizado acontece de fora para dentro, com o aluno recebendo do professor o conteúdo sistematizado pela escola.
As aulas são controladas e os conteúdos são divididos em blocos, que vão do mais fácil para o mais difícil. É comum o uso de apostilas. As avaliações ocorrem principalmente por meio de provas.
Como identificar:
Prevalece a aula expositiva, que acontece em salas silenciosas com os alunos sob controle do professor
Com quem combina:
Pais que valorizam bom comportamento e se preocupam com o conteúdo

DEMOCRÁTICA
Os alunos podem decidir o que e como querem aprender. Em assembleias, estudantes, professores, funcionários e pais definem as regras e a organização do cotidiano escolar.
A relação com o conhecimento e seus conteúdos se dá por meio de projetos e em grupos de pesquisa, o que visa estimular a vontade de aprender. Não há provas, mas autoavaliações. individuais
Como identificar:
Os alunos são livres para escolher suas atividades. Escolas costumam ter amplos espaços de convivência.
Com quem combina:
Pais que querem criar seus filhos em liberdade e valorizam a espontaneidade.

SOCIOCONSTRUTIVISTA
Valoriza a relação da criança com os outros e com o mundo. Entende que a criança aprende com a realidade a sua volta.
O papel da escola é proporcionar experiências para que o aluno construa seu conhecimento, criando hipóteses e problematizando o mundo em conjunto com professores e colegas.
A avaliação acontece por meio da reflexão do aluno sobre seu aprendizado
Como identificar:
O conteúdo não é fragmentado e projetos interdisciplinares são desenvolvidos em conjunto.
Com quem combina:
Pais que buscam parceria com a escola e o contato da criança com o diferente.

MONTESSORIANA
Método criado pela italiana Maria Montessori (1870-1952). Prioriza a independência do aluno e estimula a experiência concreta. As salas de aula contam com materiais específicos à disposição de estudantes e professores.
Geralmente, os alunos são divididos em ciclos de três anos. As avaliações priorizam a observação e são feitas por meio de fichas pedagógicas.
Como identificar:
As salas de aula facilitam a movimentação e o trabalho dos alunos. Professores devem ter formação específica.
Com quem combina:
Pais que se preocupam com a organização e com as relações da criança.

WALDORF
Concepção desenvolvida pelo austríaco Rudolf Steiner (1861-1925). Preocupa-se com o desenvolvimento físico, social, emocional e intelectual do aluno, e adequa o conteúdo ao tempo natural do estudante.
Tem forte relação com as artes --há um programa de atividades artísticas, artesanais e de música. As avaliações são constantes, e não há reprovação.
Como identificar:
Currículo extenso inclui atividades lúdicas; há um professor de classe, que ensina a turma por sete anos.
Com quem combina:
Pais que buscam educação integral. Passam por leituras e entrevistas para matrícula.

http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/09/1344451-afinidad e-com-a-linha-pedagogica-e-criterio-central-para-escolha-da-escola.shtml
Fonte: Folha de S. Paulo - ÚRSULA PASSOS

"O renascimento do parto"

O Grupo de Apoio à Humanização do Parto - GAHP Lages viabilizou a exibição do documentário "O Renascimento do Parto" na nossa cidade.

O filme retrata a grave realidade obstétrica mundial e sobretudo brasileira, que se caracteriza por um número alarmante de cesarianas ou de partos com intervenções traumáticas e desnecessárias, em contraponto com o que é sabido e recomendado hoje pela ciência.

Tal situação apresenta sérias conseqüências perinatais, psicológicas, sociais, antropológicas e financeiras. Através dos relatos de alguns dos maiores especialistas na área e das mais recentes descobertas científicas, questiona-se o modelo obstétrico atual, promove-se uma reflexão acerca do novo paradigma do século XXI e sobre o futuro de uma civilização nascida sem os chamados ?hormônios do amor?, liberados apenas em condições específicas de trabalho de parto.

O documentário terá exibição única no dia 26/09/2013 às 20:30 horas no Cine Marrocos em Lages. Os ingressos serão comercializados a partir de 19/09 nas bilheterias do cinema nos valores de R$14,00 (inteira) R$ 7,00 (meia).

Contamos com a sua presença neste importante evento que marcará o início de uma mudança de paradigmas do cenário obstétrico da nossa região.

Mais informações em:
http://orenascimentodoparto.com.br/
https://www.facebook.com/queremosorenascimentodopartolages

Convite para Simpósio

A UNIPLAC ESTÁ ANUNCIANDO o II Simpósio Internacional de Ciência, Saúde e Território e o II Seminário Regional de Saúde Ambiental, que será realizado entre 6 e 8 de novembro de 2013, aqui na UNIPLAC,  junto as coordenações de graduação da nossa Universidade.

O evento é organizado pelo corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Saúde da Universidade do Planalto Catarinense em parceria com o Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina e Empresa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, com apoio financeiro da CAPES.


O tema central do evento “Tecnologias Sociais, Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental”, visa integrar, de forma interdisciplinar, a produção de conhecimentos tecnológicos regionais com os globais, e possibilitar sua divulgação e implementação para a melhoria da condição socioambiental.

As inscrições estão abertas e devem ser feitas na página do simpósio!
Link da página: http://www.simposiosaudeterritorio.com.br/

"A falsidade da vida universitária"

Para ler e meditar sobre:

ESCRITO POR KEN BANSHO NETO
24 SETEMBRO 2013 - Curitiba (PR)

Como pode um sujeito que ESCOLHEU, ou seja, teve a ação deliberada de assumir o cargo de professor, a posição daquele que ensina, se ele só sabe raciocinar ideologicamente e sempre estudou medianamente a luz e semelhança de seus companheiros?

Todo jovem brasileiro imerso no senso comum tem o sonho de ingressar na universidade. Muitos deles abandonam suas famílias no interior para virem aos grandes centros com o intuito de elevar suas possibilidades de serem absorvidos pela universidade tão almejada mediante aprovação nos ditos “vestibulares”. O pobre sujeito projeta o seu futuro com afinco, bota a cabeça no travesseiro e vai dormir com algumas toneladas de responsabilidade nas costas. Quando ele transcende a fase robótica dos cursinhos pré-vestibular, pensa-o inocentemente que finalmente irá estudar aquilo que ama e que, caso ele se dedique, encontrará um ambiente totalmente receptivo às suas aspirações. Eis a mais ilusória mentalidade presente no imaginário dos estudantes sérios.

O indivíduo que entrar na universidade brasileira de hoje, pelo menos nos cursos de Ciências Humanas, vai se deparar com circunstâncias que colocarão em xeque suas expectativas. Ele irá notar de cara o curioso desinteresse dos colegas pelas matérias que eles dizem gostar e a sensação de estranhamento que leva a duvidar sobre a bagagem intelectual do corpo docente. “Como ousa atacar os professores-doutores das universidades e os jovens que tanto se esforçaram para estarem lá?”, indaga o apressadinho. O leitor que acha que este que vos escreve é apenas um palpiteiro deveria lidar com os fatos concretos: como pode um universitário (lê-se: leitor de xérox), mesmo sem a recomendação e exigência dos professores, não ler pelo menos uns 20 ou 30 livros ao ano? Como pode um sujeito que ESCOLHEU, ou seja, teve a ação deliberada de assumir o cargo de professor, a posição daquele que ensina, se ele só sabe raciocinar ideologicamente e sempre estudou medianamente a luz e semelhança de seus companheiros? Se o professor não domina direito nem o conteúdo, quem dirá o “status quaestionis” dos assuntos tratados em aula.                                  
Para elucidar e reviver a memória do leitor, dê graças a Deus aquele que nunca teve um professor que: a) postulasse o capitalismo e os princípios gerais do livre mercado como gênese de todos os males; b) chamasse a Idade Média de “Idade das Trevas” como meio para atacar a Igreja Católica; c) fosse reducionista no estilo “Aristóteles defendia a escravidão, logo toda sua teoria não deve ser estudada” ou (essa é clássica para os alunos de direito!) “Miguel Reale fez parte do integralismo, portanto ele era um fascista, antissemita, antidemocrático e não produziu nada de bom”; d) ao explanar as noções gerais de um novo assunto aos alunos, se recomendasse algum livro de “introdução crítica” que atacasse aquilo que os alunos ainda não conhecem.

Se você, caro universitário, já se viu em muitas dessas situações e estranhou tudo isso, sinto-lhe dizer: bem-vindo ao clube. Esse clube não está lotado, na realidade, está em escassez de pessoas. Nessa ala integram aqueles que sempre estiveram com a alma disposta ao conhecimento e que pagaram com o mais puro interesse para receber de troco o descaso. É um grupo de esquecidos? Provavelmente. Mas nunca esqueça de que no anonimato eles seguem estudando, suportando tudo sem dar um pio. No futuro, que tarde mais chega, veremos quem será alma viva e quem habitará as portas fechadas do esquecimento.

Publicado no caderno universitário do jornal Gazeta do Povo.

Ken Bansho Neto, 18, é estudante universitário de Direito e aluno do Seminário de Filosofia de Olavo de Carvalho.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

UNIPLAC presente do EDUCERE

Mais de vinte e cinco mestrandos das turmas de 2011, 2012 e 2013, alguns egressos do Programa, mais um significativo número de docentes  do Mestrado em Educação da UNIPLAC, estão participando ativamente do XI Educere - Congresso Nacional de Educação, do IV Seminário Internacional sobre Profissionalização Docente - Cátedra UNESCO, e II Seminário Internacional de Representações Sociais, Educação - Sirsse, que envolve mais de mil participantes na PUC de Curitiba (PR), de 23 a 26 deste mês de setembro.
Quatro professores doutores do PPGE da UNIPLAC já estão atuando há mais tempo, como membros da Comissão Científica, que avaliou os trabalhos ora em apresentação.
Eventos, como comunicações, mesas-redondas, relatos de experiências, posters, oficinas, conferências, lançamentos de livros, palestras, reuniões, nos quais os lageanos tem presenças destacadas no EDUCERE, já consagrado como o maior evento educacional de stricto sensu do Paraná.
Entre as presenças, acompanhando o MG Reitor, Prof. Elson Bastos, está a equipe da Reitoria e das Pró- Reitorias da UNIPLAC.
Parte deste pessoal se deslocará no sábado para Goiânia, para participar da Reunião Anual da ANPED, devendo regressar a Lages na primeira semana de outubro.
Por isso, as atividades didáticas de aulas e de seminários serão retomadas pelo PPGE a partir de 7 de outubro.

XVII Mostra Científica


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Não é preciso estar dentro da escola para aprender...

Não é preciso estar dentro da escola para aprender, diz educador português.

Há 40 anos, uma escola em Portugal rompeu com as metodologias de ensino impostas a alunos e professores. Aboliu séries, provas, salas de aulas, disciplinas para garantir autonomia de aprendizado e fazer o estudo ter sentido para as crianças e os jovens. A Escola da Ponte fez sucesso, inspirou outros projetos em território português e aqui no Brasil.
A inspiração da Escola da Ponte levará à criação de estrutura mais ambiciosa no Brasil nos próximos meses. Segundo José Pacheco, idealizador do colégio português, no dia 23 setembro, a primeira Comunidade de Aprendizagem do Brasil será lançada. A experiência começará pela cidade de Cotia (SP), onde funciona o Projeto Âncora, já inspirado no modelo português.
Animado e empolgado, o educador português disse com exclusividade ao iG que professores e alunos da escola do Projeto Âncora vão ampliar o que já fazem pela vizinhança. Eles farão pesquisas pela comunidade sobre os problemas mais preocupantes que enfrentam, trabalharão em equipe para encontrar soluções e vão desenvolver os projetos de pesquisa que já desenvolvem longe da escola e na comunidade junto com as famílias e os vizinhos.
"Eles vão criar vizinhança e comunidade de fato. Queremos que essa experiência se transforme em um fórum para ser partilhada com outras comunidades”, afirma. Com isso, outros dois projetos serão lançados juntos: uma plataforma digital de aprendizagem e comunicação e um projeto de transformação vivencial.
Pacheco diz que as plataformas digitais atuais são de "ensinagem e não aprendizagem”. Seu plano é que educadores de todo o país possam utilizar filmes, peças teatrais, materiais, depoimentos e experiências disponíveis em nuvem para construir o próprio conhecimento. Com essa ferramenta, o projeto de transformação vivencial será a formação de professores de todo o país para esse novo modelo educacional.
Sem fórmulas
As discussões sobre a necessidade de mudar a escola tradicional – já numerosas na academia – chegaram aos gestores, que não têm encontrado soluções para tornar a escola mais interessante. Pacheco diz que falta coragem a eles para romper com os modelos tradicionais, apesar do diagnóstico quase consensual entre quem pesquisa educação.
"É preciso fazer algo diferente, insistir no que está errado é sinal de loucura. Mas alguns já tomaram consciência disso e, por isso, nos procuram pedindo ajuda. Há pessoas ligadas ao poder público que já percebem que há outros e melhores modos de fazer educação”, ressalta. Segundo ele, no Brasil, há mais de 100 projetos diferentes que têm a mesma inspiração.
O Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, por exemplo, sempre que pode, repete o bordão de que a escola atual segue as mesmas regras do século 19, atendendo a jovens do século 21 e com professores do século 20. Ideia que Pacheco também defende. Mercadante prometeu apresentar propostas para transformar o ensino médio, mas não as divulgou ainda.
O Projeto Âncora existe como organização sem fins lucrativos desde 1995 e foi criado para levar cidadania a crianças e adolescentes em situação de risco social por meio de atividades culturais, esportivas e lazer. Em 2011, a primeira escola do projeto nasceu. Inspirada pela Escola da Ponte, ela nasceu sem turmas, séries ou provas, atendendo crianças de 6 a 10 anos.
As crianças aprendem por meio de projetos de pesquisa, que elas mesmas propõem fazer. A autonomia e a democracia nas escolhas são essenciais na filosofia da escola. Professores são facilitadores e os trabalhos envolvem diferentes áreas do conhecimento. Todos leem e escrevem com facilidade, estão integrados com novas tecnologias e cuidam da escola.
O aprendizado ganha significado, já que as pesquisas partem de problemas vividos pelas famílias e vizinhos. "O resultado é produção do conhecimento e inclusão social”, afirma Pacheco. Ele lembra que não há "receitas prontas” para esse novo modelo. É preciso criar diferentes propostas que atendam cada comunidade.
"Não há fórmulas. Há uma gramática de elementos comuns em vários projetos existentes. É preciso ter consciência do que se está a fazer”, diz. Provocador, Pacheco pergunta e responde imediatamente: "por que é preciso estar dentro da escola para aprender? Não é preciso”. Para ele, a escola tem de ser "apoio comunitário”.
"Escolas são pessoas e não lugar. Onde houver gente, há escola”, afirma. Seu sonho é que os 300 mil habitantes de Cotia se transformem em atores de aprendizagem na comunidade. Ele ressalta que o custo de um aluno no projeto é menor (cerca de R$ 560 por ano), já que não há livros didáticos pra cada um, uniformes, transporte escolar. A escola é autossustentável (porque gera renda promovendo cursos, visitas, livros) e os professores são muito valorizados.

http://www.ig.com.br/

Livros científicos de graça

Através do projeto “SciELO Livros”, as  Editoras da Fio Cruz (Fundação Oswaldo Cruz), UFBA (Uni­versidade Federal da Bahia), Unesp (Universidade Es­tadual Paulista), e Fapesp (Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo) liberaram 300 livros, científicos e técnicos, para download.

http://existepsicologiaemsp.blogspot.com.br/2013/09/para-baixar-de-graca-mais-de-300-livros.html

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

CRESCEM OS CURSOS DE PEDAGOGIA À DISTÂNCIA

Quase metade das matrículas de Pedagogia estão, hoje, em cursos à distância no país. De acordo com o Censo da Educação Superior 2010, o mais recente, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC (Inep), 47,87% dos estudantes cursam graduação não presencial (EAD) para se tornarem Professores. A pesquisa Educação à Distância: Oferta, Características e Tendências dos Cursos de Licenciatura em Pedagogia, feita pela Fundação Victor Civita (FCV), em parceria com a Professora Maria Elizabeth de Almeida, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), buscou entender a modalidade de Ensino e traçar um perfil dos Alunos.

O levantamento foi feito entre 2011 e 2012, por meio de pesquisa em oito instituições, sendo cinco públicas e três privadas, localizadas em Manaus (AM), Recife (PE), Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS); e com base em dados oficiais do Ministério da Educação (MEC).

A responsável pelo estudo acredita que o alto índice de estudantes que já atuam na área é reflexo da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e que a má impressão de que os cursos em EAD são menos difíceis é uma questão inerente a essa modalidade de Ensino. "Para fazer um curso à distância, em EAD, você está muito mais provocado a trabalhar com leitura e escrita do que em um curso presencial, onde as relações se fazem por meio da oralidade", assinala Maria Elizabeth.

Angela Dannemann, diretora-executiva da FCV, lembra que a crescente busca pela modalidade foi estimulada por políticas governamentais. "Houve um grande incentivo para que surgissem cursos de EAD no Brasil. Além da Universidade Aberta (do Brasil, a UAB), um programa do governo federal, estimulou-se que a iniciativa privada criasse também esse tipo de curso", afirma. Para Angela, o maior acesso de Docentes a cursos de EAD permitiu que muitos profissionais sem diploma conquistassem formação.

PESQUISA
Mais de 273 mil Alunos estão matriculados em cursos de EAD.
Apenas 12,29% desses Alunos estão em instituições públicas.
Dos Alunos que cursam Pedagogia à distância, 67% já trabalham na área da Educação.
Entre os Alunos, 44% acreditavam que o curso seria mais fácil.

http://www.correiodopovo.com.br/

Conselheiros de escolas

Como anda a qualidade da educação das crianças, o que é preciso saber para avaliar a prestação de contas da escola, a educação integral pode atender mais estudantes no próximo ano? Para responder a dezenas de perguntas sobre o cotidiano das redes públicas de educação básica, o Ministério da Educação, em parceria com especialistas de quatro universidades federais, criou um curso de formação de conselheiros de escolas.

Com 40 horas de duração, sendo 28 horas a distância e 12 horas presenciais, divididas em três encontros, o curso começou esta semana em cidades de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Ceará. A meta do MEC para este ano é constituir 200 turmas de cursistas para qualificar 8 mil conselheiros nos quatro estados e ampliar as turmas e os municípios em 2014.

Roberto Júnior, que coordena o Programa de Fortalecimento dos Conselhos Escolares do Ministério da Educação, explica que a Universidade Federal do Ceará (UFC) é a instituição responsável pelo formato do curso, mas que a definição dos conteúdos teve a colaboração de especialistas das universidades federais de São Carlos (UFSCar), do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Paraíba (UFPB).

Para levar os conteúdos de forma lúdica, a UFC criou um modelo com recursos de animação, diálogos entre os personagens e destes com os conselheiros. O objetivo, diz Roberto Júnior, é facilitar a compreensão de pais, estudantes, professores e servidores da escola sobre temas como o funcionamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), as regras da prestação de contas de recursos recebidos, a função da caixa escolar, a eleição de diretores, o projeto pedagógico, a educação integral.

Parceria – Na divisão de tarefas entre os parceiros do programa cabe às secretarias estaduais de educação a responsabilidade pela tutoria do curso, o gerenciamento da distribuição das vagas pelos municípios, tendo como parâmetro o conceito de mesorregião definido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e às secretarias municipais a articulação local. É função do articulador, por exemplo, decidir em que laboratório de informática a parte virtual do curso será ministrada, que tipo de apoio os conselheiros terão para desenvolver as atividades nos módulos do curso, agendar os encontros presenciais.

Criado em 2004, o Programa de Fortalecimento dos Conselhos Escolares concentrou sua atividade, até 2012, na formação de técnicos das secretarias estaduais e municipais de educação. Esses técnicos tiveram 200 horas de curso a distância, divididas em duas fases. Em 2013, o programa investe na qualificação dos conselheiros das escolas.

http://portal.mec.gov.br/

Coleção Educadores

O Mi­nis­té­rio da Edu­ca­ção, em par­ce­ria com a Unes­co e a Fun­da­ção Jo­a­quim Na­bu­co, dis­po­ni­bi­li­za pa­ra downlo­ad a Co­le­ção Edu­ca­do­res, uma sé­rie com 62 li­vros so­bre per­so­na­li­da­des da edu­ca­ção. A co­le­ção traz en­sai­os bi­o­grá­fi­cos so­bre 30 pen­sa­do­res bra­si­lei­ros, 30 es­tran­gei­ros, e dois ma­ni­fes­tos: “Pi­o­nei­ros da Edu­ca­ção No­va”, de 1932, e “Edu­ca­do­res”, de 1959. A es­co­lha dos no­mes pa­ra com­por a co­le­ção foi fei­ta por re­pre­sen­tan­tes de ins­ti­tu­i­ções edu­ca­cio­nais, uni­ver­si­da­des e Unes­co.
O cri­té­rio pa­ra a es­co­lha foi re­co­nhe­ci­men­to his­tó­ri­co e o al­can­ce de su­as re­fle­xões e con­tri­bui­ções pa­ra o avan­ço da edu­ca­ção no mun­do. No Bra­sil, o tra­ba­lho de pes­qui­sa foi fei­to por pro­fis­si­o­nais do Ins­ti­tu­to Pau­lo Frei­re. No pla­no in­ter­na­ci­o­nal, foi tra­du­zi­da a co­le­ção Pen­seurs de l’édu­ca­ti­on, or­ga­ni­za­da pe­lo In­ter­na­ti­o­nal Bu­re­au of Edu­ca­ti­on (IBE) da Unes­co, em Ge­ne­bra, que reú­ne al­guns dos mai­o­res pen­sa­do­res da edu­ca­ção de to­dos os tem­pos e cul­tu­ras.
In­te­gram a co­le­ção os se­guin­tes edu­ca­do­res/pen­sa­do­res: Al­ceu Amo­ro­so Li­ma, Al­fred Bi­net, Al­mei­da Jú­ni­or, An­drés Bel­lo, An­ton Maka­renko, An­to­nio Gram­sci, Aní­sio Tei­xei­ra, Apa­re­ci­da Joly Gou­veia, Ar­man­da Ál­va­ro Al­ber­to, Aze­re­do Cou­ti­nho, Ber­tha Lutz, Bog­dan Su­cho­dolski, Carl Ro­gers, Ce­cí­lia Mei­re­les, Cel­so Su­cow da Fon­se­ca, Cé­les­tin Frei­net, Darcy Ri­bei­ro, Do­min­go Sar­mi­en­to, Dur­me­val Tri­guei­ro, Ed­gard Ro­quet­te-Pin­to, Fer­nan­do de Aze­ve­do, Flo­res­tan Fer­nan­des, Fre­de­ric Skin­ner, Fri­e­drich Frö­bel, Fri­e­drich He­gel, Fro­ta Pes­soa, Ge­org Kers­chen­stei­ner, Gil­ber­to Freyre, Gus­ta­vo Ca­pa­ne­ma, Hei­tor Vil­la-Lo­bos, He­le­na An­ti­poff, Hen­ri Wal­lon, Hum­ber­to Mau­ro, Ivan Il­lich, Jan Amos Co­mê­nio, Je­an Pi­a­get, Je­an-Jac­ques Rous­se­au, Je­an-Ovi­de De­croly, Jo­hann Her­bart, Jo­hann Pes­ta­loz­zi, John Dewey, Jo­sé Mar­tí, Jo­sé Má­rio Pi­res Aza­nha, Jo­sé Pe­dro Va­re­la, Jú­lio de Mes­qui­ta Fi­lho, Liev Se­mio­no­vich Vygotsky, Lou­ren­ço Fi­lho, Ma­no­el Bom­fim, Ma­nu­el da Nó­bre­ga, Ma­ria Mon­tes­so­ri, Ní­sia Flo­res­ta, Or­te­ga y Gas­set, Pas­cho­al Lem­me, Pau­lo Frei­re, Ro­ger Cou­si­net, Rui Bar­bo­sa, Sam­paio Dó­ria, Sig­mund Freud,Val­nir Cha­gas, Édou­ard Cla­pa­rè­de e Émi­le Durkheim.

Clique no link pa­ra aces­sar: 62 obras sobre os principais pensadores da educação para download

COLUBHE 2014

Acham-se abertas, no período de 18/09 a 15/11/2013, as inscrições para resumos de trabalho a serem apresentados no X Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação cujo tema geral é Percursos e Desafios na História da Educação Luso-Brasileira, a ser realizado de 25 a 28 de agosto de 2014 na Pontifícia Universidade Católica do Paraná. (Curitiba / Brasil)
Informações no site: www.pucpr.br/ppge (X Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação – COLUBHE).

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Educação e Ensino

RESENHA: EDUCAÇÃO E ENSINO NA OBRA DE MARX E ENGLES, DE JOSÉ CLAUDINEI LOBARDI. CAMPINAS, SP: ALÍNEA, 2011. 256 P.
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            Após anos de intensas pesquisas José Claudinei Lombardi publicou no ano de 2011 a obra Educação e ensino na obra de Marx e Engels. Texto derivado de sua livre docência pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (FE-UNICAMP), o livro está editado pela Alínea, na cidade de Campinas-SP. No geral, o trabalho pretende colaborar com a crítica das atuais transformações político-ideológicas que vêm ocorrendo nas universidades “públicas” do Estado de São Paulo, notadamente neoliberais (elitistas, privatizantes e antimarxistas). Para além das críticas ao atual sistema, o livro também objetiva auxiliar os educadores no empreendimento de uma ruptura com a educação burguesa, vislumbrando a possibilidade de o proletariado conduzir, no futuro, sua educação de forma autônoma e liberta.
            Logo nas primeiras linhas da introdução, o autor assume sua filiação marxista ao afirmar que é impossível pensar a educação de forma abstrata e separada da vida social. Na realidade, para compreender a educação (e o ensino) é fundamental articular estas ao modo de produção da vida material por meio do materialismo dialético.
            Nesse sentido, de acordo com Lombardi, não podemos entender a educação ou qualquer outra esfera da vida social descoladas do contexto histórico em que surgem e se desenvolvem. Foi assim que “Zezo” como o autor é popularmente conhecido abre o primeiro capítulo do livro denominado: “Iluminismo e enciclopedismo: luzes, progresso e revolução”. Nesta parte, ocorre uma contextualização do período histórico em que surgiu o pensamento de Marx e Engels, informações que são essenciais para se entender as formulações que os comunistas fizeram acerca da educação.
            Expondo a sua concepção teórico-metodológica da História, por meio dos escritos de Marx e Engels, Lombardi escreveu o capítulo 2: “Minhas referências de análise, as balizas do marxismo”. Neste trecho, são analisados os pressupostos da concepção materialista dialética da História, o que implica trabalhar com três categorias fundamentais: “Revolução”, como o processo de transformação das estruturas econômica, social e política (seja de um modo-de-produção ou de um regime social); “Luta de classes e esta como motor da História”, onde não existe solução na conciliação ou dialogo e sim no sangrento embate entre as classes antagônicas e a “Violência e leis do desenvolvimento da história humana”.
            Adentrando-se no terceiro capítulo: “A categoria modo de produção e o princípio da união entre ensino e trabalho”, Lombardi analisa as relações entre a educação e seus profissionais, entendendo que este campo não foi constituído por meras ideias subjetivas, abstratas, sobrenaturais ou místicas, mas em consonância com os aspectos materiais e objetivos, que correspondem às forças produtivas e relações de produção articuladas aos diferentes modos e organizações de produção, historicamente construídas pelos homens e particularmente consolidadas nas mais diferentes formações sociais.
            Assim, compreender a História da Educação é analisar o processo histórico de transformação das relações do modo de produção e a educação, aspectos explorados no capítulo 4: “Análise marxiana sobre educação no modo capitalista de produção”.  Em decorrência dos objetivos do capital, a educação que o Estado burguês destina à classe trabalhadora é extremamente precária, aparecendo como mera exigência legal, graças às lutas e reivindicações proletárias ou como “regulação” da burguesia, que por meio da instrução, ideologiza a exploração capitalista como algo “natural”. Ademais, a revolução industrial capitalista aprofundou a divisão e a simplificação do trabalho, repercutindo na falta de importância que a burguesia passou a depositar na qualificação dos operários, ou seja, para se apertar botões não existem grandes necessidades de instrução[1].
            O capítulo cinco é reservado ao estudo que Lombardi fez acerca do “Trabalho e instrução das crianças trabalhadoras”, onde é destacado um cenário de ignorância e analfabetismo, tanto entre os professores das escolas populares como entre os operários. Nesse quadro social, na Inglaterra do início do século XX, os trabalhadores eram “banidos” do acesso à cultura clássica, que constituída coletivamente na História da humanidade foi apropriada e acumulada, de forma privada, pela burguesia que, enquanto classe dominante, boicotava aos trabalhadores o acesso a estas informações por temor de seus efeitos “perigosos” ou “subversivos” ao status quo. Já a demanda que os proletários tinham por educação para seus filhos produzia um efeito “artificial”, pois, a longa jornada de trabalho das crianças impossibilitava o aproveitamento escolar[2].
            Após discorrer sobre a precária educação da classe trabalhadora, a última parte da obra é baseada em “encaminhamentos” expressos no capítulo 6: “Fundamentos da proposta pedagógica comunista - Marx e Engels”. Aqui se encontram as propostas que os comunistas fizeram para a educação dos trabalhadores de sua época. Entre as principais “bandeiras” estavam: o fim da exploração capitalista das crianças que trabalham nas fábricas; junção entre educação e formação e produção material; educação politécnica que desenvolva a omnilateralidade nos homens, o que envolve uma formação articulada entre exercícios mentais, físicos e técnicos, configurados conforme a idade das crianças, jovens e adultos; indissociabilidade da educação e da política; união entre tempo livre e o tempo de trabalho, ou seja, o trabalho, o estudo e o lazer.
            Estas “bandeiras” para a educação foram entendidas como fundamentais instrumentos de desalienação dos trabalhadores, e, portanto, um meio para encravar a revolução proletária. Para esta estratégia também era fundamental exigir uma educação estatal, gratuita, laica, obrigatória e universal, aspectos da ideologia socialista que foram apropriados pela burguesia na sua luta política e ideológica contra o proletariado.
            Em linhas gerais, o livro corre de forma clara, didática e sem neutralismos, onde Lombardi colabora com uma atitude propositiva. Para o autor, em tempos de defesa apologética da irracionalidade, da subjetividade, do fragmentário, do microscópio, da ideia e do particular, os educadores não possuem motivos para ficar na retaguarda, “[...] precisamos resgatar as armas teóricas de um ponto de vista que vislumbre a materialidade [...]” (p. 239), a objetividade, a racionalidade revolucionária e a totalidade histórico-social.

Rodrigo Molina
Historiador e doutorando em Educação na Universidade Estadual de Campinas. Pertencente ao grupo de estudos "História, Sociedade e Educação no Brasil" (HISTEDBR).
 
[1] A exceção da regra é a formação especializada dos “capatazes”, um diminuto pessoal encarregado do controle e gerenciamento dos processos produtivos.
[2] Contemporaneamente, Lombardi entende que a estrutura desse sistema de exploração não se alterou
Fonte: Tecendoemreverso.blogspot.com.br

Pedagogia Histórico-crítica

Segue a gravação do curso ministrado no último EBEM.
A Pedagogia histórico-crítica e a psicologia histórico-cultural
Prof. Dr. Newton Duarte e Profª. Drª. Lígia Márcia Martins
Curso realizado nos dias 27 e 28 de agosto de 2013 durante o VI EBEM.
e

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Professor não detém exclusividade do saber

Venezuelano defende o uso da tecnologia em favor do aprendizado - e acredita em uma certa obsolescência do professor na atualidade

No centro de pesquisa em que o venezuelano Jose Luis Cordeiro trabalha, nos Estados Unidos, a missão é ambiciosa: "educar, inspirar e capacitar líderes para aplicar tecnologias exponenciais para enfrentar os grandes desafios da humanidade". Pudera: Cordeiro é pesquisador da Nasa, na Singularity University – mais conhecida como a Universidade do Futuro, localizada na Califórnia (EUA).

Nascido em Caracas há 51 anos, o venezuelano correu o mundo para chegar à concepção atual que tem de educação e tornar-se uma referência mundial na defesa do uso da tecnologia em favor do aprendizado. Passou pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Cambridge (EUA), onde se formou e fez mestrado em engenharia mecânica; estudou economia internacional e política comparada na Georgetown University, em Washington (EUA); e fez MBA no Institut Européen d’Administration des Affaires, em Fontainebleau (França). Já o doutorado foi realizado entre o MIT, o Institute of Developing Economies, em Tóquio (Japão), e a Universidad Simón Bolívar, em Caracas.

Se as escolas não adotam tecnologias para o futuro, elas serão ignoradas pelos estudantes Jose Luis Cordeiro pesquisador da Nasa

A experiência ao redor do mundo – foram mais de 130 países visitados, em cinco continentes – alimentou suas teorias sobre educação. Entre as ideias que defende estão o uso da internet para democratizar o ensino, a liberdade para que as potencialidades dos estudantes apareçam e uma certa obsolescência do professor, que não detém mais a exclusividade sobre o saber, e sim as ferramentas para facilitar o aprendizado. Mas ele tem uma esperança. "Finalmente, a educação parece estar mudando e se tornando mais independente e personalizada", afirma.

Em recente passagem pelo Brasil, em julho deste ano, Cordeiro pôde acompanhar qual o estágio da educação no País. Para o pesquisador, qualquer cidade tem potencial para produzir singularidades. Porém, ele alerta para a urgência de uma mudança na proposta de aprendizagem, já que, acredita, a inteligência humana corre o risco de ser ultrapassada pela artificial em breve. Ele falou sobre essas e outras ideias envolvendo educação e tecnologia nesta entrevista exclusiva para o Terra. Confira:

Terra – Por que a inteligência artificial irá ultrapassar a humana?
Jose Cordeiro – Nós, continuamente, criamos computadores mais poderosos, baratos e rápidos. De acordo com a Lei de Moore, computadores dobram de capacidade a cada 10 meses. Se essa tendência continuar, a inteligência artificial irá alcançar a inteligência humana entre 2029 e 2045.

Terra – Se isso ocorrer, qual deverá ser o estímulo dos estudantes para acumular conhecimento?
Cordeiro – As pessoas precisam decidir se elas querem se juntar ao futuro ou permanecer no passado. A comunidade Amish, nos Estados Unidos, e algumas tribos indígenas na Amazônia decidiram ficar no passado, enquanto a maior parte da humanidade continua andando para frente. No futuro, nós vamos nos misturar mais e mais com a tecnologia, não só com óculos e próteses, mas também com implantes cerebrais.

Terra – Se a diferente apropriação destas tecnologias está na singularidade das pessoas, como lidar com uma educação que molda os estudantes e não respeita suas particularidades?
Cordeiro – A educação precisa mudar radicalmente se as pessoas querem seguir adiante. Nós ainda usamos métodos de ensino que estão séculos defasados, enquanto muito mudou no mundo. Agora, finalmente, a educação parece estar mudando e se tornando mais independente e personalizada. Os MOOCs (sigla, em inglês, para Curso Online Aberto e Massivo) são somente um exemplo de como as tecnologias estão radicalmente mudando a educação hoje.

Terra – Com a experiência de ter passado por mais de cem países, o que o senhor acredita ser crucialmente diferente no ensino nos cinco continentes?
Cordeiro – A educação é, em geral, muito conservadora, em quase todos os lugares. Mas, agora, a tecnologia permite o aprimoramento de todo o processo educacional. Dois países estão fazendo grandes mudanças na área da educação: Finlândia e Coreia do Sul, e ambos deveriam ser estudados e entendidos como exemplos de um novo sistema educacional.

Terra – O senhor vê a internet e os bancos de dados como formas de imortalizar o conhecimento?
Cordeiro – Sim. Assim como os livros permitiram imortalizar nosso conhecimento depois da invenção da escrita, a internet irá continuar este processo e tornar todo conhecimento da humanidade disponível para qualquer um, em qualquer lugar e a qualquer momento. Projetos como o Google Loon (no qual serão usados balões para levar internet a áreas mais remotas) irão tentar tornar a internet livre e disponível para todos, em todos os lugares e a todo momento.

Terra – Para o senhor, a internet pode ser comparada com qual outra invenção histórica?
Cordeiro – A internet pode facilmente ser considerada a terceira mais importante tecnologia da história da humanidade, depois da língua falada e da escrita.

Terra – E a inserção da internet nas escolas é comparável a que outro momento histórico?
Cordeiro – A internet irá democratizar a educação e a aprendizagem muito mais do que a criação das primeiras escolas e a invenção dos livros.

Terra – A partir das suas ideias, uma humanidade mais evoluída seria centrada no conhecimento, a partir também da revisão de valores que temos hoje. Qual o papel dos professores neste quadro?
Cordeiro – Professores são parte integrante do processo educativo, não só como doadores de conhecimento, mas também pela troca de sabedoria. Os professores, no futuro, serão mentores e instrutores da experiência de aprendizado dos estudantes.

Terra – Se as escolas não preparam para o futuro, elas podem se tornar obsoletas?
Cordeiro – Sim. Se as escolas não adotam tecnologias para o futuro, elas serão ignoradas pelos estudantes. MOOCs são um exemplo de mudança radical, porque fazem justamente isso, contornam a educação formal.

Terra – Quais características básicas devem ter os professores que preparam os alunos para o futuro?
Cordeiro – Em espanhol, nós temos este famoso ditado: "El diablo sabe mas por viejo que por diablo" (em português, "o diabo é mais sábio por ser velho do que por ser o diabo"). O mesmo pode ser dito sobre os professores: que sabem mais por sua longa experiência com estudantes do que por algum conhecimento específico sobre um assunto em particular. Hoje, estudantes podem rapidamente aprender mais sobre qualquer assunto do que a maioria dos professores sabe, mas os professores ainda têm a vantagem da pedagogia e da experiência.

Terra – Como você enxerga a educação brasileira neste contexto de transformação?
Cordeiro – A educação no Brasil precisa adotar as tecnologias mais recentes se o País realmente quer se mover para frente. Os jovens são curiosos, eles querem aprender, e nós precisamos de uma ativadora e inspiradora educação que permita aos estudantes usar estas tecnologias inovadoras para melhorar e ampliar seus processos pessoais de aprendizado.

Terra – Mesmo fora do eixo EUA-Europa, o Brasil tem potencial para formar singularidades?
Cordeiro – Com certeza. Qualquer país, qualquer cidade, qualquer indivíduo tem potencial para se sobressair. E, nos próximos 10 anos, uma rede mundial de computadores livre irá realmente democratizar o aprendizado ao redor do planeta.

http://noticias.terra.com.br/educacao/professor-nao-detem-exclus ividade-do-saber-diz-pesquisador-da-nasa,f93e2e835f611410VgnVCM5000009ccceb0aRCR D.html

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Marina e Geraldo na Coordenação do PPGE

Realizada na segunda feira, dia 09 de setembro na UNIPLAC a posse da nova coordenação do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu – Mestrado em Educação (PPGE) da Universidade do Planalto Catarinense. Tomaram posse os professores Doutora Marina Patrício de Almeida, como coordenadora e Doutor Geraldo Antonio da Rosa, como coordenador adjunto.

Durante a transmissão dos cargos os coordenadores Doutora Maria de Lourdes Pinto de Almeida e Doutor Geraldo Augusto Locks falaram sobre a evolução do Programa, as atividades de produção científica e o contexto da participação do Mestrado na efetiva melhoria da Educação local e regional, por meio de sua atuação, durante a sua gestão que corresponde o período entre março de 2010 e setembro de 2013. Os coordenadores indicaram também as possibilidades e necessidades do Mestrado.


“Desejamos uma gestão exitosa à nova coordenação, profícua, para que com sabedoria dê continuidade às ações que consolidam o programa e a universidade; e dos desafios que permanecem transforme em possibilidades de avanço”, declaram os coordenadores Profa. Malu e Prof. Locks. “Ninguém faz gestão sozinho, todos os êxitos de nossa gestão foram graças a um colegiado que assumiu as responsabilidades diante das crises, dos limites e das potencialidades do PPGE”, eles concluíram.

Na oportunidade as representantes da Fundação UNIPLAC Elusa Camargo e da Reitoria Profa. Vera Rejane afirmaram a importância do Stricto Sensu na consolidação da Universidade, como ambiente de circulação, difusão e produção de conhecimentos no campo da Educação.

Empossados, a Doutora Marina Patrício de Almeida, como coordenadora, e Doutor Geraldo Antonio da Rosa, como coordenador adjunto, assumiram suas funções e, já neste dia 11 presidiram a sua primeira reunião do colegiado do PPGE.

Entrevista Especial - Dermeval Saviani

A 36a Reunião Nacional da ANPEd deste ano contará com Conferência de Abertura feita pelo professor Dermeval Saviani. Filósofo, pedagogo e professor emérito da Unicamp, Saviani é um dos principais pensadores da Educação no país, com diversos livros publicados e prêmios, dentre eles o Jabuti de 2008, na categoria Educação, Psicologia e Psicanálise com a obra “História das Idéias Pedagógicas no Brasil”.

Na entrevista ao Boletim da ANPEd, Dermeval fala sobre o tema que pretende abordar na conferência, sobre a importância desse encontro e analisa com o olhar crítico e lúcido que lhe é peculiar assuntos que dominam atualmente a agenda da educação, como os royalties do petróleo, o PNE e o SNE.

Boletim Anped: O senhor fará a conferência de abertura da 36a Reunião Nacional da ANPEd. Qual a importância desse encontro no contexto atual da Educação brasileira? Qual a reflexão que pretende estimular nessa conferência?

Penso ser importante essa Reunião da ANPEd porque, ao definir como tema da Reunião o eixo central da CONAE 2014, a ANPEd está possibilitando uma ampla discussão por parte dos pesquisadores e estudiosos da educação em torno não apenas do significado, alcance e implicações da instalação do sistema nacional de educação no Brasil, mas também das vias para sua efetivação, já que o enunciado do tema liga a questão do sistema nacional aos desafios postos para as políticas educativas pela participação popular.
Assim, a reflexão que pretendo estimular na conferência de abertura se inicia com a compreensão da emergência histórica dos sistemas nacionais de ensino, passa pela retomada sucinta da explicitação do conceito de sistema educacional para abordar a relação entre sistema nacional de educação e participação popular com os desafios postos para as políticas educacionais. Dando concretude à reflexão, trago á baila as lições da experiência abordando o caso da Itália para concluir evidenciando a necessidade de uma grande mobilização dos setores populares articulados pelas várias organizações dos educadores reunidas em âmbito nacional, regional e local. Para isso parece desejável retomar os Fóruns em Defesa da Escola Pública nos níveis nacional, estadual e municipal. Nessa ampla mobilização será preciso ir imprimindo cada vez maior clareza sobre o objeto de nossa luta, isto é, sobre o significado daquilo que queremos instituir.
Precisamos avançar, assim, na compreensão das características que definem o sistema nacional de educação. Minha expectativa é que no decorrer dessa 36ª Reunião Nacional da ANPEd os vários GTs, assim como os expositores nos diversos simpósios e mesas redondas, contribuam significativamente para a compreensão da base de sustentação, da forma e do conteúdo do sistema nacional de educação.

A Educação volta a estar em destaque novamente no cenário nacional, tanto na mídia quanto em debates na sociedade, a partir da discussão dos royalties do petróleo, greves e mobilizações. O que emerge dessas discussões? Os problemas centrais da Educação têm aparecido nesses debates?

De fato, a educação está em evidência. Na verdade, o discurso enaltecedor da educação tem sido recorrente desde, pelo menos, o século XIX. Tavares Bastos, em 1870, considerou que "não há sistema de instrução eficaz sem o dispêndio de muito dinheiro". Por isso propôs que cada cidadão contribuísse com a educação dos seus concidadãos definida como “o primeiro dos interesses sociais em que todos somos solidários". E Almeida Oliveira, na sessão de 18 de setembro de 1882 do Parlamento, afirmou que "na instrução pública está o segredo da multiplicação dos pães, e o ensino restitui cento por cento o que com ele se gasta". O “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova”, de 1932, por sua vez, começava com esta frase solene: “Dentre os magnos problemas nacionais nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação. Nem mesmo os de caráter econômico lhe podem disputar a primazia nos planos de reconstrução nacional”. De modo geral, podemos considerar que, especialmente no campo político, a educação tende a ser proclamada como a primeira prioridade nos discursos, mas ocupa as últimas colocações na composição do orçamento como, aliás, já havia ironizado Agassiz, em 1865, ao dizer: "nenhum país tem mais oradores nem melhores programas; a prática, entretanto, é o que falta completamente".
De qualquer modo, atualmente a valorização da educação se liga a uma conjuntura específica decorrente da Revolução Microeletrônica que popularizou a expressão “Sociedade do Conhecimento”, em verdade uma denominação imprópria que deveria ser substituída por “Sociedade da Informação”. Mas o destaque que a educação vem tendo na opinião pública está marcado por dois tipos de viés. O primeiro, poderíamos chamar de “viés mercadológico”; e o segundo, de “viés espontaneísta”. O primeiro prevalece na mídia e nas intervenções dos empresários no campo da educação com movimentos e expressões do tipo “todos pela Educação”, “universidades corporativas”, “qualidade total”, “capital humano”, “formação de recursos humanos”, ensino profissionalizante”, “administração de negócios”, “ensino por competências” e equivalentes. O segundo prevalece nos círculos pedagógicos por meio de movimentos e expressões como “educação para todos”, “educação inclusiva”, “respeito à diversidade”, “pedagogia das competências”, “teoria do professor reflexivo”, “aprender a aprender”, “liberdade e autonomia da escola e dos educandos”, “respeito aos diferentes ritmos de aprendizagem” etc. Em ambos os casos os problemas centrais da educação são elididos. E o Estado tende a embarcar nesses vieses propondo políticas educacionais marcadas por razoável grau de espontaneísmo e improvisação, ao mesmo tempo em que encampa as chamadas demandas de mercado. Nesse diapasão a educação brasileira vai seguindo um curso caracterizado por ações descontínuas e fragmentárias agravando o quadro de precariedade. Sim. É a precariedade o traço distintivo da educação em toda a história do Brasil.
Como foi enunciado na pergunta, a coqueluche do momento são os royalties do petróleo, em especial do pré-sal, para a educação. Mas há, aqui, um grande equívoco e um risco. O equívoco consiste no fato de se tratar de recursos que: a) não sabemos quando estarão disponíveis; b) também não sabemos qual será seu montante; c) trata-se de recursos que provirão de uma fonte não renovável. O risco vem se manifestando no fato de que, antes mesmo que esses recursos apareçam, já está sendo proposta para eles uma destinação que os desvia da manutenção da educação propriamente dita. Um exemplo gritante desse desvio é a proposta do Presidente do Senado, Senador Renan Calheiros, de utilizar os recursos do pré-sal destinados à educação para conceder passe livre nos meios de transporte a todos os estudantes do país.

O debate em torno do Sistema Nacional de Educação tem amadurecido desde a Conae 2010? É possível apontar avanços concretos? Qual a expectativa para a Conae 2014 nesse sentido?

O debate em torno do Sistema Nacional de Educação avançou razoavelmente desde a Conferência Nacional de Educação Básica, em 2008, até a I CONAE, em 2010. No entanto, de lá para cá parece que não houve avanço significativo, ou seja, estamos, ainda, no nível atingido pela CONAE 2010. Mas essa impressão deverá ser aferida na própria CONAE 2014 que poderá, ou não, avançar para além do patamar atingido em 2010. De 2008 para cá houve algum avanço na legislação, mas ainda de forma imprecisa e oscilante. Assim, a Emenda Constitucional deu a seguinte redação para o Art. 214: “A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração...”. Esse dispositivo inseriu na Constituição Federal o conceito de Sistema Nacional de Educação. Com isso, ficam definitivamente afastadas as recorrentes objeções que alegavam inconstitucionalidade à proposta de instituição do sistema nacional de educação. Além disso, esse mesmo dispositivo impõe ao Congresso Nacional a aprovação de uma lei criando o sistema nacional de educação. E o projeto de Plano Nacional de Educação, ora em tramitação no Senado, reitera essa exigência definindo o prazo de dois anos da entrada em vigor do novo PNE para dar cumprimento a essa exigência constitucional. Portanto, o risco hoje não é que o sistema não venha a ser aprovado, mas que seja aprovado sem que isso signifique uma mudança efetiva nas condições que hoje vigoram na educação brasileira.
Com efeito, a própria nova redação dada ao Art. 214 pela Emenda 59 contém uma impropriedade ao atribuir ao Plano Nacional de Educação o objetivo de articular o sistema nacional de educação. Isso porque o sistema precede o plano, pois tem caráter permanente enquanto o plano tem duração transitória fixada, no caso, em 10 anos. Assim, se o plano vai se propor a articular o sistema nacional de educação, isto supõe que já estaria existindo um sistema desarticulado que caberia, então, articular. E isto traz um agravante adicional, pois a articulação é inerente ao sistema. Logo, se o que existe carece de articulação, então não se trata de sistema. O projeto de lei que institui o plano nacional de educação atende àquele mandato constitucional, mas não o cumpre, uma vez que não fixa o objetivo de articulação do sistema nacional de educação em regime de colaboração. Em vez disso, de certo modo restabelece a prioridade do sistema sobre o plano ao devolver o problema ao governo federal e, daí, ao próprio Congresso estabelecendo no Art. 13: “O poder público deverá instituir, em Lei específica, contados dois anos da publicação desta Lei, o Sistema Nacional de Educação, responsável pela articulação entre os sistemas de ensino, em regime de colaboração, para efetivação das diretrizes, metas e estratégias do Plano Nacional de Educação”. Assim, caberá a uma nova lei a instituição do sistema nacional de educação. E, ao contrário do que está na Emenda 59, será o sistema instituído pela nova lei que terá a incumbência de articular os sistemas de ensino para efetivação do PNE.
Vê-se, pois, que não se pode mais alegar qualquer impedimento jurídico para a criação do sistema nacional de educação. Agora, no plano legal, as dificuldades que poderão emergir são de duas ordens. A primeira diz respeito a que, em função de disputas em torno do tipo e da forma que deve assumir o sistema a ser instituído, os debates possam se estender indefinidamente inviabilizando sua efetivação; a segunda consiste no seguinte: aprova-se com facilidade a lei que cria o sistema, mas de forma genérica, o que o converte apenas num novo nome para aquilo que já está posto sem nenhum influxo transformador nos rumos da educação

II Simpósio Internacional de Ciência, Saúde e Território e o II Seminário Regional de Saúde Ambiental

A  UNIPLAC está apresentando o II Simpósio Internacional de Ciência, Saúde e Território e o II Seminário Regional de Saúde Ambiental, a realizar-se entre 6 e 8 de novembro de 2013, em Lages, na Serra Catarinense. O evento é organizado pelo corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Saúde da Universidade do Planalto Catarinense em parceria com o Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina e Empresa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, com apoio financeiro da CAPES.

O tema central do evento “Tecnologias Sociais, Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental”, visa integrar, de forma interdisciplinar, a produção de conhecimentos tecnológicos regionais com os globais, e possibilitar sua divulgação e implementação para a melhoria da condição socioambiental.
Todos os profissionais e estudantes de graduação e pós-graduação, bem como todos os cidadãos interessados, estão convidados a participar do nosso simpósio!
As inscrições já estão abertas!
Para maiores informações: http://www.simposiosaudeterritorio.com.br

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

MP que exige doutorado para professores corrige erro do governo

Aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, a Medida Provisória (MP) 614/13, que exige o título de doutorado para professores de universidades federais ingressarem na carreira, deve trazer mais qualificação ao ensino, acreditam especialistas. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) já apontavam, em 2011, uma tendência de melhora na titulação dos professores. Naquele ano, 29,9% dos docentes eram doutores (mais de 107 mil professores), enquanto 38,4% tinham mestrado e 31,7% até especialização - a categoria que mais perdeu professores desde 2009. A MP segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff. A medida está corrigindo um erro que o governo cometera anteriormente, afirma o professor do departamento de educação da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), José Carlos Rothen.

A Lei nº 12.772, de 28 de dezembro de 2012, previa que o profissional poderia entrar com um nível de graduação. Porém a maior parte das universidades continuou contratando apenas professores titulados. Ainda assim, os concursos eram abertos a todos, e o fato de muita gente estar habilitada inviabilizava o processo seletivo, afirma Rothen. O próprio MEC reconheceu posteriormente o erro, que desestimulava a pós-graduação.

Para o professor da faculdade de educação da Universidade de Brasília (UnB) Bernardo Kipnis, a MP é positiva por privilegiar o doutorado. “É necessário estimular a progressão, que quem tenha mestrado busque o doutorado. Isso estimula o professor a buscar um nível mais elevado”, afirma.

Secretário de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Heleno Araújo concorda que a medida é importante por corrigir falha na lei. No entanto, ressalta que é importante conscientizar o professor de que, mesmo fazendo doutorado, dará aula para turmas de graduação. “Muitos professores chegam do doutorado com um conhecimento elevado e não querem ficar com turmas de graduação”, afirma. Por isso, Araújo defende a necessidade de políticas integradas que atuem desde o ensino básico. Para ele, a educação fraca com que os alunos chegam à instituição de ensino superior não acompanha a qualificação da formação dos professores.

A exigência do título é extremamente positiva para o ensino superior, afirma Rothen: “A universidade trabalha com conhecimento de ponta, com ensino e pesquisa de alto nível. É necessário haver profissionais qualificados”.

Norte e Nordeste
A MP 614/13 abre a possibilidade de se exigir apenas mestrado para cursos ou regiões onde há poucos doutores. Estas áreas podem pedir liberação para preencher a vaga com mestres, especialistas ou graduados, desde que com aprovação do conselho superior da instituição. Rothen afirma que as regiões Norte e Nordeste devem contar com menos doutores. Por outro lado, o Sul e o Sudeste possuem um bom número de professores com doutorado, inclusive sendo comum desempregados com essa titulação. Enquanto 66,1% dos professores do Sul e 70,5% dos do Sudeste têm doutorado, apenas 40,2% dos docentes do Norte e 51,94% dos nordestinos possuem o título

BOLSAS DA CAPES PARA ESTÁGIOS NO CANADÁ

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lançou na última sexta-feira (6) o edital nº 65/2013, referente ao Programa de Estágio Supervisionado na Modalidade de Graduação Sanduíche no Canadá. O foco é estágio de pesquisa ou inovação tecnológica em indústrias.
O programa é uma parceria entre a Capes e a organização canadense Mathematics of Information Technology and Complex Systems (Mitacs) e será feita na modalidade de graduação sanduíche, ou seja, garante uma parte dos estudos no outro país, porém o universitário precisa retornar ao Brasil para se formar.
 Quem pode participar
Para se candidatar, o estudante deve ser brasileiro, não ter participado de bolsa de graduação no exterior financiada pela Capes e estar regularmente matriculado em curso de nível superior nas áreas e temas indicados no edital, dentre eles, Engenharia, Computação e Biologia. Outro requisito é que o estudante já tenha concluído no mínimo 40% e, no máximo, 90% do currículo previsto para seu curso.
Ciência sem Fronteiras
O candidato tem até o dia 15 de outubro para se inscrever no portal da Mitacs, por meio do Formulário de Inscrições. Após resultado, publicado também no site da organização, os pré-selecionados terão do dia 1º até o dia 16 de dezembro para se inscrever no portal da Capes.
O resultado final está previsto para o dia 14 de janeiro de 2014, que será publicado no Diário Oficial da União e no portal da Coordenação.
Benefícios
A permanência dos alunos selecionados será custeada pela Capes e pelo Mitacs pelo período de até três meses, que serão dedicados ao estágio de pesquisa ou inovação tecnológica em indústria em tempo integral nas instituições eleitas.
Dentre os benefícios estão a bolsa mensal de R$ 800 (oitocentos dólares canadenses), o pagamento de taxas escolares, o auxílio instalação, o auxílio seguro-saúde e o auxílio deslocamento, que é a aquisição das passagens de ida e volta.
Outras informações ou qualquer dúvida podem ser enviadas para o email mitacs@capes.gov.br.

Curso de Jornalismo da UNIPLAC inicia plataforma interativa de notícias

Com o objetivo de divulgar os trabalhos de seus acadêmicos e informar a comunidade interna e externa, o curso de Jornalismo da UNIPLAC, coordenado pelo professor Ivan Cláudio Siqueira de Moraes criou a plataforma LABJOR Uniplac.

Já com conteúdo dos acadêmicos do curso e colaboradores, o portal, ainda em desenvolvimento apresenta matérias completas, elaboradas com o intuito de apresentar notícias da Universidade, e futuramente da comunidade, incentivando o contato com a notícia, sua criação, e capacitação dos alunos.

Constituída por editorias, a ideia é que se intensifique, aos poucos, a quantidade de notícias produzidas, a fim de concretizar a plataforma como um portal de informação de qualidade, prezando sempre pela imparcialidade e informação.

Além de notícias convencionais, futuramente a plataforma deve passar a produzir conteúdo através de vídeo (TV) e áudio (Rádio), este já tendo conteúdo disponível em site. O projeto da plataforma foi idealizado pelo coordenador do curso, Ivan Cláudio, ao sentir a necessidade de uma forma de divulgação dos projetos produzidos pelos seus acadêmicos.

Tendo sua primeira turma iniciada no ano de 2012, o curso de Jornalismo da UNIPLAC objetiva desenvolver a prática profissional e empreendedora do jornalista, comprometido com a liberdade de expressão, o direito à informação e o interesse público, pretendendo formar profissionais éticos, críticos e capacitados a participarem de projetos voltados para a formação de uma opinião pública consciente com ampla percepção da realidade local e regional, além de contribuir com o desenvolvimento da democracia e da cidadania.

O curso de Jornalismo tem o seu processo seletivo aberto este mês, a partir do dia 17 de setembro, por meio do Vestibular de Verão ACAFE, que terá sua prova realizada no dia 24 de novembro, para abertura de nova turma no início de 2014.

O portal pode ser acessado através do link: (http://www.jornaluniplac.net/).

domingo, 8 de setembro de 2013

"Cafelosofando" está em curso

Curso "Cafelosofando I ´Sobre Marx" ... no auditório do CCJ da UNIPLAC, a primeira fase já realizada, nos dias 5 e 6 de setembro.


sábado, 7 de setembro de 2013

Curso de Extensão gratuito

O Curso de Extensão intitulado “Introdução ao Pensamento Complexo na Educação, Saúde e Ambiente”, sob a responsabilidade das professoras Doutora Marina Patrício de Arruda, Doutora Carmen Lúcia Fornari Diez e Doutora Lucia Ceccato de Lima, abre suas inscrições gratuitas para mestrandos do PPGE e PPGAS, alunos, professores universitários de diferentes cursos e a comunidade externa.

A “religião dos saberes”, de acordo com Egar Morin poderá “promover a convergência das ciências naturais, das ciências humanas, da cultura da humanidade e da Filosofia para a condição humana”. Nessa perspectiva, os Programas de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e Ambiente e Saúde (PPGAS), por meio do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação, Saúde e Qualidade de Vida (GEPESvida), propõem o Curso, que envolverá debates e palestras, dentre outras atividades.

Visando permitir reflexões sobre o pensamento complexo, suas bases teóricas e possíveis contribuições à Educação, Saúde e Ambiente, tendo em vista os atuais desafios da interdisciplinaridade, a Extensão tem como objetivo compreender a complexidade como pensamento emergente na pesquisa e prática profissional.

O Curso ocorre nos dias 09, 16, 18 e 23 de setembro, das 8h às 12h, na sala 3309 da UNIPLAC. As inscrições devem ser feitas através do hotsite: (http://www.uniplac.net/pensamentocomplexo/)

Mais informações: (49) 3251.1144
e-mail: mestradoeduca@gmail.com
Convite
A coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação na modalidade Mestrado em Educação, Doutora Professora Maria de Lourdes Pinto de Almeida e o  Professor Doutor Geraldo Augusto Locks coordenador adjunto, tem a honra de convidar Vossa Senhoria para posse da nova coordenação eleita  do curso, Doutora professora Marina Patrício de Almeida, coordenadora e Professor Doutora Geraldo Antonio da Rosa, Coordenador adjunto a realizar-se:
Dia : 09 de setembro de 2013
Horário: 17:30h
Local: SALA 2218
Avenida Castelo Branco, 170 – Bairro: Universitário – Lages/SC

Maria de Lourdes Pinto de Almeida

Coordenadora PPGE

PPGE sob nova Coordenação

O dia 9 de setembro marcará a posse da nova coordenação do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade do Planalto Catarinense, quando serão empossados nos cargos de Coordenadora e de Coordenador Adjunto, respectivamente, a Professora Doutora Marina Patrício de Arruda, e o Professor Doutor Geraldo Antonio da Rosa.
A eleição da nova coordenação aconteceu pelo Colegiado no final de agosto, com os eleitos confirmados e nomeados pelo MM. Reitor Prof. Elson Rogério Bastos Pereira, pela Portaria n. 094, de 6 de setembro de 2013.
A solenidade de posse acontecerá às 17h30min. desta segunda-feira, na Sala 2218 do prédio do CCJ, onde funciona o Mestrado Acadêmico em Educação.

A Profa. Marina

Graduada em Ciências Sociais, Mestre e Doutora em Serviço Social (PUCRS/2003), pós-doutorado em Educação(PUCRS/2012). Docente e Pesquisadora dos Programas Stricto Sensu da Universidade do Planalto Catarinense UNIPLAC - PPGE e PPGAS. Discute os processos formativos em Educação e Saúde a partir dos temas; cidadania, educação permanente, transição paradigmática em educação e saúde, pedagogia universitária, formação profissional, mediação de emoções, com várias publicações na área. Líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação, Saúde e Qualidade de Vida GEPESVIDA (UNIPLAC), integra o Grupo de Pesquisa em Ambiente e Saúde(UNIPLAC) e Grupo Educação para inteireza: um (re)descobrir-se ( PUCRS).

O Prof. Geraldo

Possui Graduação em Estudos Sociais - Fundação Educacional de Brusque (1982), Mestrado em Educação pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (2000) e Doutorado em Teologia pela Escola Superior de Teologia (2007. Foi Diretor e Vice-diretor Acadêmico da Universidade do Contestado-Campus de Curitibanos-SC. Participou do Conselho Municipal de Educação de Curitibanos. Atualmente é professor da Fundação Universidade do Contestado, Coordenador dos Cursos de Licenciatura em Ciências da Religião da Plataforma Freire; professor do Programa de Mestrado em Educação da Universidade do Planalto Catarinense-Uniplac. Líder do Gupo de Estudos e Pesquisa em Educação Básica GEPEB, coordena a Linha de Pesquisa 1 do Programa de Mestrado em Educação da UNIPLAC: Políticas e Processos Formativos em Educação, e Membro da Câmara de Pós Graduação da Universidade do Planalto Catarinense - UNIPLAC e, Membro do Conselho Universitário da UNIPLAC (2011-2012).